Dizem que quem lê viaja; eu digo que não é apenas quem lê, mas também quem escreve, pois esse invade as profundezas da imaginação. Não me considero escritora, porque não escrevo pra ninguém, não tenho um público alvo para atingir, eu escrevo pra mim, escrevo para viajar, sonhar, me perder, me encontrar. Escrevo com a intenção de me soltar, desprender, prender, analisar. Escrevo para expor o que sinto, deixando meu pensamento voar, fluir, vida ganhar. Escrevo para não surtar, não entrar em um estado de loucura de tanto pensar. Escrevo pra desabafar, me liberar, libertar, sentir meu corpo vibrar. É não deixar esse mundo manipular tanto a minha mente, é poder discernir, praticar, exercitar o ato pensante que possuo em mim. É viver em completo êxtase de observação continua do redor de mim, dos outros e afins. É estar com a mente cheia, organizá-la, esvaziar parcialmente para enchê-la novamente, em um exercício continuo de vai e vem, porque sem isso eu transbordaria, eu esqueceria, eu enlouqueceria. É por essas e outras que escrevo; escrever é a minha melhor companhia.
Pensando assim, afirmo que este blog não foi feito pra você, foi feito pra mim, para que eu despeje aqui alegrias, tristezas, pensamentos, loucuras, devaneios e, permaneça filosofando balões. É como ter um diário online, um lugar onde as memórias dificilmente serão apagadas, onde por mais que a minha mente falhe, aqui ficarão registrados dos pensamentos mais infantis até os mais adultos possíveis. E aí você pode se perguntar o que seria infantil e adulto, tão relativo, não é mesmo? Muitas vezes eu prefiro ter pensamentos infantis, pois eles vêm cheios de ingenuidade e pureza, enquanto alguns pensamentos adultos são cobertos por destruição (vamos deixar essa discussão para outro momento). O fato é que você pode gostar de tudo, não gostar, gostar de algumas coisas e outras não, mas mantenha isso em mente, não me interessa a sua opinião, pois isso aqui não foi feito pra você, foi feito pra mim. O meu mundo, a minha válvula de escape ("Meu mundo, minhas regras!"). Se você será bem vindo? Claro. Mas não se esqueça do título desta postagem. E por mais que pareça que eu estou escrevendo para alguém, não significa que de fato eu esteja ou que gostaria de estar.
Aqui eu vou poder errar, seja no português ou em contradições de pensamentos, vou poder xingar, gritar, suspirar, comentar, falar mal dos outros (quem nunca?), verbalizar etc. Não espere um blog com um design de última geração, lustroso. Aqui é tudo simples, quero apenas um canto pra escrever nua, sem muitos floreios, simplesmente entrar e deixar a língua solta, fluir. Sempre de cara limpa? Claro. Você pode se perguntar porque eu não estou fazendo isso em anônimo, mas pra quê? Não ando querendo me esconder, quero apenas um espaço pra deixar tudo o que penso e acredito, pra conversar comigo mesma ou talvez, com alguém que esteja por aí... Apenas procurando besteiras para os olhos do ouvido. rs