domingo, 4 de outubro de 2015

Vamos nos permitir... ♪

      Eu ando tentando limpar o meu coração, sabe? Na série Once Upon a Time eles retiram o coração (assistam pra entender), quando ele sai vermelho, brilhante, vibrando, ele está limpo, livre de maldades e mágoas. Quando ele sai preto, com o mínimo de preto que seja, ele está sujo, você cometeu alguma maldade, fez algo considerado ruim, está com mágoas, raiva, rancor etc. Fez qualquer coisa que não seja boa. Eu não sou a melhor pessoa do mundo, mas também não sou a pessoa mais malvada do mundo. O fato é que como humana (lá vem ela com aquela desculpinha esfarrapada) eu cometo muitos erros, piso muito na bola e sinto coisas que não deveria sentir por pessoas que sinceramente? Eu deveria simplesmente desejar o bem e deixar pra lá. Não é virar bolinha de ninguém, ser boa demais ou boba, é apenas deixar ir, a vida se encarrega dessas pessoas, não preciso desejar nada ruim pra ninguém, ficar torcendo pra que o outro caia ou guardar mágoa de alguém que me ofendeu de alguma forma. 

Chega! 

      Eu quero quebrar esse ciclo vicioso, cansei disso, sabe? Quero dar amor e receber amor, quero me preocupar só com o que é bom, quero realmente fazer o que Natiruts diz: "Leve com você só o que foi bom" quero ser preenchida de amor e boas sensações e só ter espaço pra ele. Recentemente fiquei doente e (embora seja bem estressadinha) não acreditei quando o médico disse que uma das principais causas era o estresse. Só passei a acreditar quando notei que a cada dia que eu me estressava com algo, no outro dia, aparecia uma coisa diferente no meu corpo, uma dor no ouvido, mais uma bolha no corpo, um inchaço aqui e ali. Eu parei e pensei comigo mesma: Eu estou ficando suja, o meu coração está sujo, ele está carregado. Não é apenas o meu corpo que está doente, é também (e principalmente) a minha alma. Se fulana fez algo que eu não gosto, quero ter forças suficientes pra lhe desejar o melhor e mudar de caminho, me afastar. Não sou obrigada a estar perto, mas também não preciso guardar nada ruim sobre ela, muito menos desejar que ela caia. Se tiver que falar algo? Que seja. Que eu despeje tudo, mas despeje ali, sem levar nada pra casa pra ficar remoendo entre uma refeição e outra, engolindo comida com rancor. Também quero lembrar que as palavras tem poder e, mesmo quando tiver que dizer verdades e cuspir coisas na cara, que eu tenha pensado muito antes. Não quero ser sangue de barata, quero apenas fazer da raiva exceção e que ela venha e vá rápido, como o tanto que vezes que pisco os olhos e sequer noto. Quero olhar pra mim mesma e me perguntar: Hei.. Vale a pena? Realmente vale? Você não tem algo bom pra fazer ao invés de ficar nutrindo isso? Tenho certeza que nesse momento eu serei preenchida por milhões de coisas boas e lindas pra fazer, de imagens maravilhosas, de lembranças de pessoas pra quem eu posso ligar, bater um papo, dizer que amo e deixar tudo de ruim ir embora. É exatamente isso que eu quero, me desfazer de coisas ruins, de coisas, pessoas, sentimentos, de tudo aquilo que só acrescenta o que me faz diminuir e, na boa? Eu quero crescer, quero ver as coisas do topo do mundo, eu soube que a vista de lá é linda, mas pra chegar lá só com o coração limpo. As pessoas dizem que é impossível ser 100%, não quero ser 100%, sequer quero números, o que eu quero são bons sentimento, e sobre eles, eu não preciso fazer cálculos e ser filha do sistema cartesiano, como diria Augusto Cury, eu preciso apenas me permitir ser. 

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