Na série Grace and Frankie, Frankie é uma mulher na faixa dos 70, mas está longe de ser dessas velhinhas que ficam na cadeira de balanço tricotando (nada contra). Ela é intensa, pinta, dança, canta alto, come sem culpa, ama sem culpa, fala gírias, é sincera e mente aberta. Não esconde suas falhas, seus medos, nem faz transferência de culpa. Frankie é incrível. Uma mãe compreensível e dedicada, uma esposa amiga e uma amiga que "todos" gostariam de ter. Ela faz misturas estranhas com a comida, gosta de balões (aaah Frankie, te entendo), é criativa, usa roupas fora de moda, mas que a fazem se sentir bem, tem seu próprio estilo, faz o que ama, fuma maconha, tem a mente aberta, ri quando quer rir e chora quando quer chorar (isso é importante), todos os que a conhecem logo a acham estranha e louca. E sabe porquê precisamos falar sobre Frankie? Porque em um mundo onde somos obrigados a agir como querem, pensar como querem e cada dia nos afastarmos de nós mesmos, ser Frankie é uma raridade. Frankie é uma mulher que tem gostos estranhos, medos estranhos, um estilo de vida que muitos condenam, mas é ela, ela mesma, do jeito que quer ser e dane-se o resto. Ela não tem meias palavras e é apaixonante por isso, porque ser quem você é só causa duas coisas nas pessoas: paixão ou sentimento de repulsa por não conseguir ser igual. Quem não se apaixonaria pela alma que Frankie é? Tao desnuda, tao ela, tão apaixonada por si mesma. E ela está longe de se conhecer, viu? Mas isso é divertido, porque todos os dias ela está disposta a aprender mais sobre si mesma, sobre o outro e o mundo. Frankie se basta, e por se bastar conheceu Jacob, ela não precisava de um homem para se autoafirmar, ela ficou com ele porque quis ficar, porque gostou... E sabe do que ela gostou? De Jacob a transbordando mais do que ela já trasbordava, dele a compreendendo e fazendo parte das suas loucuras. Jacob é alguém cuja pupila dilata, e não estou falando de sexo, estou falando de aceitação, presença, sentimentos bons, companheirismo, estou falando de admiração pela mulher que Frankie é, estou falando de um patamar do amor que poucos conseguem chegar. Não importa se Frankie usa verde e Jacob odeia verde, é o gosto dela, existe respeito. É Frankie quem ele ama, e a roupa ele pode tirar! Falar sobre Fankie é uma delícia, ao escrever sobre ela parece que estou vendo aquele jeito contemplativo, único e cheio de liberdade. Ela se basta! E foi assim que se tornou a minha referência de mulher adulta. Ela é admirável!
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