Se estás indo embora, vais!
Vai, por favor. Vai! Mas vai sem olhar pra trás. Leva contigo aqueles abraços em dias frios, aqueles olhares desnudos da alma, aqueles risos bobos pós beijos. Na mala, por favor, coloca as lágrimas que não cabem mais aqui. Puxa a toalha da história que bordamos, pode levar também. Junto com ela leva aqueles talheres que usamos para saborear sonhos, medos, incertezas, sentimentos e palavras. Por falar em palavras, juntei todas em um potinho... Meu amor, te amo, saudades, saudades da sua voz, dorme comigo? Entre outras. Leve! São suas, sempre foram.
Por favor, vai! Comigo deixa apenas o meu coração. Deixa esse pequeno botão que de tanto você rasgar e deixar cair no chão respira sufocado... não tem agulha e linha que o remendem aqui, em mim. Vai! Vai, mas deixa ele. Deixa que dele cuido eu, que dele serão meus beijos, carinhos e abraços. Que talvez esse botão não precise de agulha nem de linha... Precise de quem realmente o regue com cuidado.
Vai! Mas não olha pra trás, esquece meu nome, meu endereço, telefone... E até aquele retrato guardado no bolso da sua mente, rasgue-o!
Se um dia você me quis o mínimo bem, se vai, não volte do nada, por acaso, pois meu coração não é circo, embora desse circo eu tenha sido a única feita de palhaço.
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