quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Confesso



Confesso que eu ainda sinto falta dela, que quando eu escuto Tulipa Ruiz cantando: "Só sei dançar com você, isso é o que o amor faz", eu lembro de quando devoramos uma pizza em 3 minutos, de quando batemos no quarto ao lado e corremos como duas crianças, de quando nos escondemos das ciganas porque eu fiquei com medo, do susto que ela me deu quando eu cheguei do estágio, de quando dançamos uma na frente da outra como duas loucas descompassadas, sem ritmo algum, sem manejo qualquer. E quem disse que ela se importava com isso? O que importava era a companhia, ela me queria ali e eu me sentia querida. É Tulipa, ela sacou a minha esquizofrenia e aceitou, me aceitou com toda a tormenta que eu tinha, com todas as mudanças de humor, com todos os dramas e perversidades. Quando necessário dávamos broncas uma na outra e ela me lembrava de que mudanças eram necessárias e que precisávamos fazer isso juntas, crescermos juntas. Isso é o que o amor faz (?) Não sei muito sobre ele, mas o pouco que eu sei me diz que ele não aceita tudo, mas respeita, entende e se tiver que mudar algo, isso acontece junto. Confesso, tudo isso que o amor (supostamente) faz, faz falta.

Será que eu realmente só sei dançar com ela 
ou eu me acomodei a seguir os passos dela? 

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