segunda-feira, 7 de novembro de 2016



Percebi que as cicatrizes são mais profundas do que eu imaginava. Não tem fio cirúrgico que resolva, não tem remédio que cure. Eu vou ter que aprender a conviver com elas, Inflamando vez ou outra, doendo vez ou outra, expandindo-se vez ou outra. Elas não vão sarar facilmente, porque não foram feitas facilmente. Doem mais do que pensei. Não é na casca, não é no corpo... É na alma, é em quem sou. Eu me sinto um brinquedo quebrado cuja solução de conserto não existe. Nenhuma cola pode reparar, pois toda vez que remenda um lado o outro padece. E aí eu me pergunto: "Por que ainda insisto?" "Por que faço isso comigo mesma?", "De onde vem tanta força pra suportar tanta coisa calada?". Sinto-me como uma bomba relógio em seus últimos minutos de vida antes de explodir e se desintegrar junto com tudo ao seu redor. Uma bomba que se explodir não fará a mínima diferença, pois todos estarão preocupados em juntar os seus próprios cacos. E a única pessoa que pode me salvar sou eu mesma! 

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